O novo governador de Santa Catarina, Carlos Moisés, e sua vice-presidente, Daniela Cristina Reinehr (PSL), foram empossados na tarde desta terça-feira (1º), em cerimônia na sede da Assembleia Legislativa do estado, em Florianópolis. Eleitos com 2.644.179 votos, Moisés e Daniela obtiveram, no segundo turno, pouco mais de 71% dos votos válidos.

Moisés tomou posse prometendo mais transparência e eficiência na gestão do Poder Executivo estadual. “Há uma previdência a ser equacionada, uma folha de pagamento que precisa ser ajustada e uma receita que precisa voltar a crescer sem significar novos tributos. É preciso não apenas gastar menos, mas gastar melhor aquilo que arrecadamos”, disse o governador, pedindo que os parlamentares catarinenses deixem de lado “as disputas políticas, divergências partidárias e por espaço e projeção pessoal, colocando Santa Catarina em primeiro lugar”.

Bombeiro militar, Moisés é coronel da reserva e bacharel em direito. Pouco antes do início da cerimônia de posse, o governador concedeu rápida entrevista aos jornalistas. Insistindo que a gestão pública “passa por uma mudança muito importante”, tanto no âmbito federal, quanto nos estados, Moisés garantiu que, na montagem da equipe de governo, priorizou os atributos técnicos dos nomeados, em detrimento das indicações políticas. “É perceptível que nossos secretários têm sido escolhidos sob um critério técnico, tendo, todos eles, atuações nas áreas para as quais foram escolhidos”, disse o governador, que foi eleito pelo PFL.

Entre as prioridades de sua gestão, Moisés citou mais investimentos em infraestrutura. Os recursos, segundo ele, virão da economia decorrente do enxugamento da máquina pública e do combate à corrupção. “E de que se forma se combate a corrupção? Colocando as pessoas que confiamos, que olhamos nos olhos e sabemos quais são as pessoas que estão trabalhando conosco”, afirmou, acrescentando que as estruturas de controle também deverão ser fortalecidas, e as compras estatais serão feitas preferencialmente por meio de pregão eletrônico, modalidade licitatória que, de acordo com Moisés, permite uma economia de, em média, 16%.

Os novos secretários serão empossados na manhã desta quarta-feira (2). À tarde, o governador e alguns membros de sua equipe concedem entrevista para detalhar as principais ações a serem implementadas nos próximos dias.

“Queremos trazer mais agilidade, fazer um governo sem papel e isso tem prazo para acontecer”, revelou Moisés, confirmando a intenção de criar uma controladoria-geral estadual. Encarregada de fiscalizar a aplicação de recursos públicos, a controladoria catarinense deverá ser chefiada pelo professor universitário Luiz Felipe Ferreira, coordenador da equipe de transição de governo.

Moisés também defendeu a importância do estado investir mais no ensino técnico como forma de tornar o ensino médio mais atraente para os jovens e, assim, reduzir a evasão escolar, podendo, ao mesmo tempo, capacitar a mão de obra e estimular a geração de renda.

Já ao falar no plenário da Assembleia Legislativa, Moisés voltou a enfatizar as vantagens que espera proporcionar com sua proposta de reforma administrativa do Poder Executivo. “Com as mudanças de gestão propostas para os quatro anos, a eficiência na entrega dos serviços será uma das nossas bandeiras. Queremos ser ágeis nos processos e fazer mais com menos, entregando os serviços na medida e qualidade esperada pela população.”

Agência Brasil.

guazelli

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