Pelo Whatsapp, o ministro da Justiça, Sérgio Moro, abriu mais uma fissura na relação do governo Jair Bolsonaro (PSL) com o Congresso Nacional, desta vez com ninguém menos que Rodrigo Maia (DEM/RJ), presidente da Câmara e responsável por pautar projetos de total interesse do governo, como a reforma da Previdência.

Após ser chamado de “funcionário de Bolsonaro” por Maia – que classificou o projeto de lei anticrime como um “copia e cola” – na noite desta quarta-feira (20), Moro emitiu nota na tentativa de colocar panos quentes, dizendo que seu projeto é “inovador e amplo”, salientando que “o combate ao crime pode ser adiado indefinidamente, mas o povo brasileiro não aguenta mais”.

A resposta ríspida de Maia foi provocada por mensagens enviadas por Moro no fim da noite de terça-feira (19) e que entrou na madrugada de quarta-feira (20). Em tom de cobrança, o ministro implorava celeridade no pacote anticrime, acusando Maia de descumprir um acordo e lamentando a criação de um grupo de trabalho para analisar o projeto.

Irritado, Maia pediu a Moro respeito e afirmou que era ele o presidente da Câmara, cargo que tem a atribuição de definir a pauta de votações da Casa.

Horas depois, partidários do governo Bolsonaro nas redes sociais começaram a fustigar Maia, principal aliado do presidente da República na votação da reforma.

A aliados, o deputado disse que o ministro estava sendo inconveniente pelo gesto e que não havia descumprimento nenhum de acordo.

Maia afirmou ter acordado com o Palácio do Planalto que priorizaria na pauta da Câmara a aprovação da reforma da Previdência, considerada crucial para a gestão de Jair Bolsonaro, e que na sequência colocaria o texto de Moro para tramitar.

Reportagem da Revista Fórum.

Com informações da Folha de S.PauloPortal Uol e G1

guazelli

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