Um dia antes da greve do funcionalismo público do Paraná, policiais civis e delegados realizaram um protesto em frente ao Palácio Iguaçu, sede do governo estadual. Eles entregaram ao governador Ratinho Júnior (PSD) dezenas de carros que estão sem condições de uso. O protesto ocorre em meio a recusa do governador de conceder a reposição salarial dos trabalhadores que estão com salários congelados há três anos.
O protesto expôs as péssimas condições de trabalho que os agentes de segurança pública do estado estão expostos. Os carros da Polícia Civil apresentam anos de uso e em alguns casos o conserto sai mais caro do que a compra de um veículo novo. A manifestação foi organizada pelo Sidepol e pela Adepol. O presidente da Associação dos Delegados de Polícia, Daniel Fagundes, revelou sua indignação com o fato de Ratinho Júnior querer congelar os salários pelo quarto ano consecutivo.
“Foi eleito para deliberar, para decidir as questões do Estado e não para mandar representantes sem poder de decisão para discutir um assunto tão sensível como esse”, disse Daniel na última reunião dos sindicalistas com o governo o estado.
O deputado professor Lemos, líder da Bancada do Serviço Público, cobrou o governo do estado um dia antes do início da greve. “Eu faço um apelo ao governador para encaminhe à Assembleia Legislativa uma mensagem com a proposta de reposição da data-base do servidor público. Já faz tempo que os servidores já trouxeram essa pauta. O governo conhece a pauta. O governador, em especial, conhece o governo há tempo. Ele foi deputado estadual, federal, estadual de novo e ocupou a Secretaria de Desenvolvimento no governo Beto Richa. Ele conhece por dentro o governo”, destaca.
Paralisação na segurança
Sem a perspectiva de um reajuste, os agentes de segurança do Paraná vão fazer uma “operação padrão” a partir de terça-feira (25), data marcada para o início da greve pela data-base do funcionalismo estadual. No procedimento, a Polícia Militar do Paraná decidiu ficar aquartaleda na luta em apoio ao pagamento da data-base. Ou seja, o trabalho de policiamento ostensivo nas ruas fica prejudicado.
Reportagem: Porém.net.
Imagem: Leandro Taques.
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