Os donos da empresa JBS, Joesley Batista e o seu irmão Wesley Batista, disseram em delação à Procuradoria-Geral da República (PGR), ter gravado uma conversa na qual o presidente Michel Temer teria pagado propina para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Temer teria sido gravado conversando com Joesley e indicando o deputado Rocha Loures (PMDB-PR) como o interlocutor para resolver um assunto da J&F, controladora da JBS.
O dinheiro de Cunha seria entregue por meio de Altair Alves Pinto. Uma gravação feita logo depois teria flagrado Rocha Loures recebendo uma mala com R$ 500 mil de Joesley.
Também na delação de Joesley, o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), é gravado pedindo ao empresário R$ 2 milhões. A entrega do dinheiro a um primo de Aécio foi filmada pela Polícia Federal (PF). A PF rastreou o caminho do dinheiro e descobriu que foi depositado numa empresa do senador Zeze Perrella (PSDB-MG).
Foto: Marcos Corrêa
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