O deputado Aécio Neves (PSDB-MG) é um dos nomes citados nos cerca de 20 anexos que fazem parte do acordo de delação premiada do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, preso há três anos por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Os documentos estão sob análise do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do caso.
Nos demais anexos, Cabral menciona atos ilícitos de ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Tribunal de Contas da União (TCU) e deputados. O caso está sob responsabilidade de Fachin por se tratar de pessoas com foro privilegiado.
O ex-governador está preso desde novembro de 2016 e foi condenado em 12 ações penais a quase 268 anos de prisão por comandar um esquema de propinas no governo do Rio. Em maio deste ano, ele firmou em depoimento à Justiça Federal que, durante sua gestão, manipulou a licitação para escolha das empresas que prestariam serviço ao Rio Poupatempo, para beneficiar o empresário Georges Sadala, amigo de juventude de Aécio.
Em troca, disse ter recebido propina de R$ 1,5 milhão, maior do que a estimada pelo Ministério Público Federal. A ação do MPF fala em propina de R$ 1,3 milhão. Houve essa propina, mas na verdade foi de R$ 1,5 milhão”, disse Cabral.
Revista Fórum.
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