Nas últimas semanas, o presidente Jair Bolsonaro se queixou a parlamentares próximos sobre seu medo de que o filho mais velho, o senador Flávio Bolsonaro, voltasse a ser investigado no caso de corrupção envolvendo o ex-assessor Fabrício Queiroz. A expectativa do presidente, no entanto, era de que o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) só deflagrasse os mandados de busca e apreensão no ano que vem, mas medida aconteceu antes do previsto.

Deputados e senadores ouvidos pela Folha de S. Paulo comentaram que Bolsonaro temia a prisão do filho e que essa era sua principal preocupação neste fim de ano. “De cada dez assuntos que discutia, dois se referiam à situação do filho”, disse uma das fontes.

O comportamento de Bolsonaro nos últimos dias revela que o presidente já tinha conhecimento da gravidade da situação de Flávio. Ele se reuniu dois dias seguidos com o advogado Frederick Wassef, que responde pela defesa dos dois, sendo que um dos encontros foi no sábado (14), no Palácio do Alvorada.

Na segunda-feira (16) à noite, Flávio foi ao encontro do pai na residência oficial e, nesta quarta-feira (18), após a deflagração da operação, o senador voltou a se reunir com o presidente na Alvorada, algo que estava fora de sua agenda oficial.

Na manhã desta quarta-feira (18), o MP-RJ cumpriu 24 mandados de busca e apreensão em endereços de ex-assessores do filho do presidente, o que inclui Fabrício Queiroz e parentes da ex-esposa de Jair Bolsonaro, Ana Cristina Siqueira Valle. As medidas miram acusações de lavagem de dinheiro e desvio de dinheiro público.

Revista Fórum.

guazelli

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