Em meio ao escândalo envolvendo Flávio Bolsonaro com as “rachadinhas” e ações do Escritório do Crime, o filho do presidente resolveu se manifestar. Apesar das evidências, ele divulgou um vídeo em suas redes sociais, nesta quinta-feira (18), no qual afirmou que vai esclarecer todos os pontos da questão e destacou que está sendo perseguido.
Flávio se disse vítima de “atrocidades” cometidas pelo Ministério Público (MP). Destacou que, apesar de ser um processo que corre em segredo de justiça, “parece que o sigilo vale apenas para mim, porque eu fico sabendo das coisas pela imprensa”.
Flávio questionou o vazamento de informações sigilosas e perguntou se foi o juiz ou promotores que vazaram. “Isso prejudicou muito minha defesa, já que não tenho nada a esconder”.
O filho do presidente afirmou, ainda, que o objetivo das acusações é desgastar sua imagem e, “obviamente para atingir o presidente Bolsonaro”.
“O Ministério Público me acusa de ter um patrimônio de R$ 9 milhões. Meu patrimônio é muito menor do que isso”, alegou Flávio.
Em outro trecho, ele disse que a filha do juiz Flávio Itabaiana de Oliveira Nicolau, que cuida do seu caso, Natália Nicolau, trabalha para o governador Wilson Witzel. “Está lá até hoje, é uma boquinha que parece ser boa. Eu ouço falar que ela não aparece muito por lá”, acusou.
Queiroz
Em relação à suspeita de que seu ex-assessor Fabrício Queiroz tenha recebido mais de R$ 2 milhões de funcionários de seu gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), incluindo a esposa e as duas filhas, Nathalia e Evelyn, Flávio afirmou que o antigo assessor já falou publicamente que geria os recursos da família e que “todos trabalhavam e tinham o direito de fazer o que bem quisessem com seus vencimentos”.
O senador também contestou a versão do MP de que a loja de chocolates da qual é sócio serviria para lavar dinheiro. Disse que tem direito a uma porcentagem maior de lucro porque “não restam dúvidas que levo mais clientes para lá do que meu sócio”.
“Claro que a loja recebia depósitos em dinheiro, uma vez que é uma atividade comercial. Se eu fosse vagabundo não abriria uma franquia que presta contas para a franqueadora”, tentou justificar.
Conta da esposa
O filho do presidente tentou explicar a suspeita de que o policial militar Diego Sodré de Castro Ambrósio teria pago uma conta em nome da esposa do senador, Fernanda Antunes Bolsonaro, que teria ajudado a concluir a compra de um imóvel.
“Teve uma vez em que o Diego, que é meu amigo, pagou uma conta para mim, porque eu ainda não tinha o aplicativo do banco no telefone e depois eu o paguei de volta. Só isso. Como ele é pequeno empresário, comprava produtos na minha loja no fim do ano para presentear os clientes síndicos”, alegou.
Para finalizar, Flávio pediu para que parassem de persegui-lo e afirmou que, assim como o pai, ele está no cargo político pela “vontade de Deus”.
Revista Fórum.
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