Diego Ambrósio, sargento da Polícia Militar e amigo de Flávio Bolsonaro, disse que o dinheiro que ele repassou para a conta da loja Kopenhagen, que pertence ao filho do presidente e um sócio, teria sido referente à compra de panetones para que Ambrósio presenteasse seus clientes.

O PM também é proprietário, desde 2014, da empresa de serviços de segurança, Santa Clara. Ele está lotado da Delegacia de Gestão de Pessoal (DGP).

Em entrevista à coluna de Guilherme Amado, da Época, o sargento, um dos alvos da busca e apreensão nesta quarta (18), deu sua versão sobre o pagamento e sobre os repasses feitos por ele ao então deputado estadual e a dois ex-funcionários do gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

Os dois se conheceram na campanha de 2010. De acordo com ele, outro pagamento, agora de um boleto em favor a Flávio, realizado durante o churrasco, foi em comemoração pelo resultado do amigo na eleição municipal de 2016.

Ambrósio disse, inicialmente, que não se lembrava como foi reembolsado por Flávio. Contudo, entrou em contato depois para informar que o filho do presidente pagou os R$ 16 mil em espécie.

Queiroz

Questionado se conhecia Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio, o PM disse: “Conheci logo o Queiroz, não tinha como uma pessoa conhecer o Flávio e não conhecer o Queiroz, porque o Flávio só tinha um motorista full time. Qualquer lugar a que o Flávio ia, era o Queiroz que ia. Não existia a possibilidade de a pessoa conhecer o Flávio e não conhecer o Queiroz”.

Ambrósio disse, ainda, que “o Queiroz é um subtenente da Polícia muito considerado e tinha o Queiroz em alta conta. Vou falar no âmbito militar. Tenho 15 anos de profissão. Quando entra um soldado e olha o cara com 15 anos de profissão… O Queiroz tinha um status, trabalha como motorista do Flávio, da família Bolsonaro, uma família que tinha grande chance de crescer dentro da política. Você vê ele com um diferencial. Nesse meio tempo, o conheci, criei vínculo de amizade como criei com o Flávio, porque a relação com Flávio e Queiroz era junto. Estavam juntos. Não tinha como chamar o Flávio e não ver o Queiroz”.

Revista Fórum.

guazelli

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