Abraham Weintraub confirmou nesta terça-feira (7) a “limpa” que será feita pelo governo nos livros didáticos, a partir de 2021. Segundo o ministro da Educação, o governo já “deu uma limpada boa” e “já saiu muita porcaria”.

O ministro apareceu em live com o presidente Jair Bolsonaro para falar sobre a mudança dos livros. “O que existe, ainda, são alguns livros, daqueles que a gente manda, são contratos. (Os críticos) começaram falando que (o governo) não vai respeitar as leis, cumprir a Constituição. Justamente o oposto. Vamos respeitar as leis, os contratos foram assinados”, disse. “A gente já deu uma limpada, uma boa limpada, já saiu muita porcaria, mas ainda vai alguns que a gente não gosta”, completou.

Anteriormente, Bolsonaro havia caracterizado os atuais livros didáticos como “lixo” e sugeriu suavizar a linguagem, dizendo que os materiais “têm muita coisa escrita”. Para Weintraub, a medida faz parte do projeto de retirar o Brasil do “fundo do poço” no ranking do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa). “O fundo do poço ficou em 2018”, afirmou. “Não dá para colocar em primeiro lugar a América do Sul ainda, porque estamos em último, mas vamos sair do fundo do poço”, disse.

Na live, o presidente também afirmou que é preciso educar sem ideologia, ao se referir à “ideologia de gênero”. “Ideologia de gênero não é para ser discutido lá (nas escolas). O pai quer que o filho seja homem, e a filha seja mulher”, disse Bolsonaro. Weintraub foi na mesma linha: “Quem educa é família, escola ensina. A gente espera que a família eduque as crianças”.

Revista Fórum.

guazelli

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