A entrevista concedida pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) ao Fantástico, da arqui-inimiga TV Globo, na noite deste domingo (12) foi vista no governo como uma nova afronta do subordinado na queda de braço com Jair Bolsonaro.

Em processo de fritura intensa pelo presidente, a fala de Mandetta, de que as pessoas não sabem se escutam o ministro da Saúde ou o presidente, pode ter despertado novamente a ira de Bolsonaro, que deve repercutir com ministros mais próximos e com os filhos na manhã desta segunda-feira (13) os novos lances do jogo de xadrez com o ministro.

A mando dos militares, em especial do ministro-chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto, Bolsonaro tem resistido em demitir Mandetta, que é visto como técnico pela caserna, que avalia ainda que sua demissão provocará uma crise ainda maior no governo diante da pandemia.

Já Bolsonaro vem sendo pressionado pela ala mais radical do bolsonarismo, que segura a sua popularidade em queda, e protesta pelo fim do isolamento social e reabertura do mercado.

Dentro do governo, a posição desses radicais é sustentada pelos filhos do presidente, em especial Carlos e Eduardo Bolsonaro, aliados os ministros Onyx Lorenzoni (Cidadania), Abraham Weintraub (Educação) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores), que são doutrinados por Olavo de Carvalho.

Reportagem de Plinio Teodoro, da Revista Fórum.

guazelli

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