O advogado Ralph Hage Vianna admitiu ao jornal O Globo neste domingo (17) que de fato foi procurado por Fabrício Queiroz, ex-chefe da segurança do senador Flávio Bolsonaro, para atuar junto ao caso investigado pelo Ministério Público sobre a prática de “rachadinha” no gabinete do filho do presidente. A afirmação confirma as acusações feitas pelo empresário Paulo Marinho à jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.

Segundo Marinho, Vianna foi o advogado escolhido para o caso depois que o filho do presidente foi comunicado antecipadamente sobre a investigação por um delegado da Polícia Federal. Marinho foi figura central na campanha à Presidência de Jair Bolsonaro e é suplente do senador.

“Esclareço apenas que fui procurado pelo Sr. Fabrício Queiroz, após sua intimação pelo Ministério Público Estadual, mas não segui na causa, não podendo passar maiores detalhes”, afirmou Vianna. “Contudo, por dever legal de sigilo profissional, não posso falar sobre o caso”, continuou.

De acordo com Marinho, os agentes da Polícia Federal teriam segurado a operação contra Queiroz, então sigilosa, para que ela não ocorresse no meio do segundo turno, prejudicando assim a candidatura de Bolsonaro.

O delegado-informante também teria aconselhado Flávio a demitir Fabrício Queiroz e a filha dele, que trabalhava no gabinete de deputado federal de Jair Bolsonaro em Brasília. O filho do presidente seguiu o conselho e os dois foram exonerados naquele período —mais precisamente, no dia 15 de outubro de 2018.

Revista Fórum.

guazelli

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