A não-nomeação da médica cardiologista Ludhmila Hajjar para o Ministério da Saúde gerou incômodo no presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Lira foi o autor da indicação e não teria gostado do desfecho. O centrão já não esconde insatisfação com o presidente Jair Bolsonaro pela gestão da pandemia do novo coronavírus em um momento de colapso sanitário e hospitalar em todo o país.
Segundo reportagem de Felipe Frazão, no Estado de S.Paulo, o Planalto tem sido cobrado pelo bloco do centrão e ameaças tanto de abertura de um dos pedidos de impeachment que se acumulam na gaveta de Lira quanto de instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) tem ocorrido.
O deputado Fausto Pinato (Progressistas-SP) disse à reportagem que o “sinal laranja” de alerta está ligado na relação entre o centrão e o Executivo, “caminhando para o vermelho”. “Ninguém vai querer se expor em um governo que pode acabar mal por causa da pandemia. Acredito que os líderes estão se afastando de Bolsonaro até ver no que vai dar esse ministro da Saúde e qual plano será adotado”, declarou.
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