O general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, será enviado para a reserva pelo comandante do Exército, Paulo Sérgio Nogueira, devido a sua participação em ato de apoio ao presidente Jair Bolsonaro.
Segundo o site Congresso em Foco, a informação foi confirmada por fontes próximas ao comandante do Exército.
Pazuello esteve ao lado do chefe de Estado em manifestação realizada neste domingo (23) no Rio de Janeiro. Sem máscara, o ex-ministro da Saúde subiu em um carro de som durante o ato, no Monumento dos Pracinhas, no Aterro do Flamengo. Outras autoridades estavam ao lado dos dois, como o deputado federal Luiz Lima (PSL-RJ).
O artigo 45 do Estatuto Militar diz que oficiais da ativa, caso de Pazuello, não podem participar de atos políticos. Se o comandante do Exército enviar Pazuello para a reserva, Bolsonaro ainda pode reverter a decisão.
Além disso, o uso de máscaras por oficiais é determinação das Forças Armadas, assim como obrigatório em áreas públicas do Rio de Janeiro. A realização de eventos com aglomeração de pessoas, por sua vez, está proibida no município.
Pazuello é investigado
Pazuello prestou depoimento na última semana na CPI, quando defendeu medidas de distanciamento social. Recentemente, ele foi flagrado em shopping de Manaus andando sem máscara. À Comissão Parlamentar de Inquérito, o ex-ministro afirmou que, no momento da foto, ele estava indo para um quiosque comprar uma nova máscara.
Pazuello está sendo investigado pela Polícia Federal, em processo que corre na primeira instância da Justiça, por suposta omissão em relação à crise sanitária na capital amazonense.
Reportagem de © Sputnik.
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