Para o coordenador de pós-graduação em Relações Institucionais e Governamentais da Faculdade Presbiteriana Mackenzie – Brasília, diretor executivo do Interlegis no Senado Federal e comentarista político da rede internacional de televisão CNN, Márcio Coimbra, a discussão sobre o voto impresso no país é um artifício do presidente Jair Bolsonaro para tirar a atenção da CPI da Covid.

A Comissão foi instalada no Congresso nacional no início do ano para investigar supostos casos de corrupção na compra de vacinas pelo Ministério da Saúde. “Não é o momento e nem a forma de discutir esse assunto. Se o presidente acha que as urnas eletrônicas não são confiáveis deve contestar todas as suas eleições e, inclusive, devolver a faixa de presidente da república porque ele foi eleito por esse sistema”, disse.

O cientista político com foco em gestão política e experiência em campanhas eleitorais no Brasil, Europa e Estados Unidos foi o entrevistado do programa Verdade&Expressão desta segunda-feira (16).

Durante o encontro – conduzido pelo advogado Rafael Guazelli – foram debatidos também o papel das forças armadas no atual governo Bolsonaro e a relação entre o executivo e o legislativo em Brasília. “Militares na ativa devem estar circunspectos ao trabalhado das forças armadas. Não dá para discutir política vestindo farda”, afirmou Coimbra.

Para ele, é o presidente da Câmara Federal, Artur Lira, quem está governando o país. “Bolsonaro não governa. Quem administra o país é o Artur Lira, que tem o controle do orçamento e das pautas em discussão no congresso. Lira é uma espécie de primeiro-ministro do Brasil”, finalizou.

Reportagem de Valdeci Lizarte, para o Verdade&Expressão.

guazelli

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