No fim de semana, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) encaminhou uma mensagem no aplicativo WhatsApp em que convoca apoiadores para um “provável e necessário contragolpe”. Segundo o jornal Metrópoles, que teve acesso ao texto, Bolsonaro pede que os “direitistas” se manifestem no dia 7 de setembro.
“Hoje, fazer um contragolpe é muito mais difícil e delicado do que naquela época […] temos uma Constituição comunista que tirou em grande parte os poderes do presidente da República e foi por estes motivos que o presidente Bolsonaro, no início de agosto, em vídeo gravado, pediu para que o povo brasileiro fosse mais uma vez às ruas, na Avenida Paulista, no dia 7 de setembro, dar o último aviso, mas, desta vez, ele reforçou que o ‘contingente’ deveria ser absurdamente gigante, ou seja, o tamanho desta manifestação deverá ser o maior já visto na história do país”, lê-se na mensagem, reproduzida pela mídia.
O texto continua: “A ponto de comprovar e apoiar, inclusive internacionalmente, para que dê a ele [Bolsonaro] e às FFAA [Forças Armadas], para que, em caso de um bastante provável e necessário contragolpe que terão que implementar em breve, diante do grave avanço do golpe já em curso há tempos e que agora avança de forma muito mais agressiva, perpetrado pelo Poder Judiciário, esquerda e todo um aparato, inclusive internacional, de interesses escusos”.
Segundo a mídia, o presidente enviou a mensagem do número pessoal dele para integrantes do governo e amigos.
Em outro trecho, a mensagem diz que as manifestações de 7 de setembro são importantes para autorizar Bolsonaro e as Forças Armadas a tomarem “as decisões cabíveis” para que o Estado democrático de direito seja reestabelecido, o equilíbrio entre os poderes salvaguardado, a transparência das eleições seja cumprida e o “resgate do STF [Supremo Tribunal Federal], hoje sequestrado por apátridas, ocorra”.
No sábado (14), Bolsonaro afirmou que vai apresentar ao Senado pedidos de impeachment contra Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, ambos ministros do STF.
A expectativa é de que o documento seja entregue esta semana. Barroso também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Reportagem de © Sputnik.
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