Em entrevista à Folha de São Paulo, Calheiros afirma que está clara e comprovada a participação de Bolsonaro de vários crimes, e por isso não há dúvidas de que deverá ser responsabilizado.
O senador também acrescenta que pondera propor o indiciamento de filhos de Bolsonaro por suas ações na negociação de vacinas contra a COVID-19.
Renan Calheiros comentou com a mídia que “era necessário retomar a capacidade do Parlamento de investigar. […] Essa CPI teve muitas especificidades, foi sem dúvida a que obteve mais aderência social, teve índices históricos de aprovação e foi a que mais obteve audiência”.
Porém, o senador admitiu à Folha de São Paulo que, inicialmente, a CPI não imaginava investigar a corrupção, “mas, a partir das primeiras reuniões, nós começamos a receber denúncias de que, enquanto o governo recusava as ofertas da Pfizer, do Butantan e da OMS, algo em torno de 170 milhões de doses que poderiam ter sido aplicadas ainda no ano que passou, priorizava tratativas com lobistas, atravessadores, indicados por critérios políticos, pelo seu líder na Câmara dos Deputados”.
Há um consenso de que o Bolsonaro é um “mercador da morte”. Segundo Calheiros, tal se deve à trajetória escolhida pelo presidente brasileiro, na qual “defendeu matar 30 mil brasileiros, ainda quando deputado federal, inclusive o presidente Fernando Henrique Cardoso […] continua defendendo armamento, fala em armar a população, em fuzilar adversários […] e esse governo criou o gabinete da morte, um ministério paralelo, também responsável pelo extermínio dos brasileiros. Por causa disso tudo, desse impedimento óbvio e majoritário, ele será responsabilizado”.
Tomando tudo isso em consideração, o senador garante que a CPI já tem “a especificação de 11 crimes e vários agravantes”. Contudo, não há ainda uma conclusão, pois Renan Calheiros quer antes ouvir os senadores. Ainda assim, afirma que todos os envolvidos serão responsabilizados.
Reportagem de © Sputnik.
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