O programa Verdade &Expressão desta segunda-feira (25) discutiu a situação do mercado de trabalho para as populações vulneráveis e de baixa renda em Curitiba e ainda a realidade dos pequenos e médios produtores rurais paranaenses.
Divididos em duas partes, o debate durou uma hora e foi coordenado pelo advogado Rafael Guazelli. Os entrevistados foram a diretora de apoio à empregabilidade da Fundação de Ação Social de Curitiba (FAS), Melissa Ferreira; e Marcos Brambilla, presidente da Federação dos Trabalhadores Rurais e Agricultores do Estado do Paraná (Fetaep).
Educadora Social há 13 anos na FAS, Melissa deu detalhes do papel da FAS durante a pandemia e de programas desenvolvidos na capital para acelerar a empregabilidade no município, em especial entre os adolescentes, população carente e de rua.
A Fundação municipal oferece intermediação entre aprendizes, além de confecção de carteira de trabalho e assistência para ingressar no seguro desemprego. “Estamos presentes nas dez regionais da cidade e qualquer pessoa pode contar com nossa ajuda, seja em busca do primeiro emprego ou de documentos”, disse.
Agricultores – Na segunda parte do programa, Marcos Brambila falou a respeito do papel da Fetaep na pandemia, além da atual situação da agricultura familiar paranaense e perspectiva para o futuro.
A entidade conta hoje com sindicatos em dez regionais e atende 90% dos trabalhadores do setor no Estado. Segundo Brambila, a agricultura familiar é responsável por 70% de toda a alimentação que chega na mesa das famílias brasileiras.
“Durante a pandemia o medo era que o governo estadual diminuísse as compras diretas para as escolas e outros setores, mas isso não aconteceu e a produção continuou normalmente. Houve mudanças apenas no funcionamento das propriedades”, explicou.
O líder sindical também advertiu os agricultores sobre os juros em empréstimos pessoais. E pediu cautela na tomada de recursos em bancos ou outras entidades. “Os juros podem variar de 0,5% a 5% ao mês. E se não pensado bem, é um negócio de risco que pode comprometer a vida do agricultor”, garantiu.
Para finalizar, Brambila falou sobre a alta no preço dos alimentos e disse que os insumos básicos tiveram altas consideráveis nos últimos meses. “O produtor diminuiu sua margem de lucro e só repassou o que não foi possível segurar. E infelizmente quem paga a conta é o consumidor brasileiros. Mas nossa expectativa é de melhores dias”, encerrou.
Reportagem de Valdeci Lizarte, para o Verdade&Expressão.
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