Jair Bolsonaro tem dificuldade de montar palanques nos principais colégios eleitorais diante da baixa nas pesquisas eleitorais — nas quais ele perde para o ex-presidente Lula (PT) — segundo informações do portal O Antagonista.
Em São Paulo (SP), o bolsonarismo defende a candidatura do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, pelo PL, ao governo em 2022. “O problema é que o ministro sequer se filiou à sigla de Valdemar Costa Neto e ele já deixou claro ao presidente que gostaria de disputar o Senado Federal por Goiás”, diz a reportagem do Antagonista. Ao portal, um “importante auxiliar presidencial” disse que se Tarcísio for candidato, “será no sacrifício”.
Já em Minas Gerais, Bolsonaro perdeu seu principal aliado nas eleições de 2018, o governador Romeu Zema (Novo), e “descartou a formalização de uma candidatura específica para montagem de um palanque regional”, segundo a reportagem. Zema busca se afastar do bolsonarismo de olho numa eventual reeleição.
Segundo O Antagonista, “o único palanque consolidado é o do Rio de Janeiro”, onde Bolsonaro terá o apoio do atual governador Cláudio Castro (PL) — que, no entanto, foi “avisado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL) de que precisará limitar as alianças locais” para que elas “não impactem na disputa presidencial”. “O governador foi proibido de coligar com partidos que fazem oposição ao governo”, diz a reportagem.
“Internamente, aliados do presidente da República admitem que esse tipo de dificuldade é fruto de dois fatores: a queda de Bolsonaro nas pesquisas de intenção de voto e o fato de que ele resolveu priorizar a disputa ao Senado e não aos governos estaduais”, destaca o portal.
Em coluna no dia 1º de janeiro, o jornalista Ricardo Noblat, no Metrópoles, afirmou que cresce entre os aliados de Bolsonaro “a impressão de que ele começa a examinar a hipótese de abdicar da reeleição, disputando uma vaga ao Senado ou recolhendo-se à sua casa”.
Brasil247.
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