O deputado federal Rui Falcão (PT-SP), que é também ex-presidente do Partido dos Trabalhadores, contestou a chapa Lula-Alckmin, em entrevista ao jornalista Ranier Bragon, publicada na Folha de S. Paulo. “Lula não precisa de uma muleta eleitoral”, afirmou. “Temos um programa de reconstrução e transformação do país, como a Fundação Perseu Abramo vem trabalhando.
Segundo, o Alckmin é a contradição a tudo isso que fizemos e pretendemos fazer. Terceiro, dá uma sinalização muito negativa para uma campanha que tem que ser aguerrida, mobilizada e com a construção de comitês de defesa da eleição do Lula que permaneçam depois como comitês de apoio do programa de transformação. Além do retrospecto das políticas que realizou como governador de São Paulo, do apoio ao impeachment e de suas posições ultraconservadoras”, afirma.
Rui Falcão disse que sua crítica é pessoal e ressaltou que não fala em nome do partido. Ele também elogiou a sinalização de mudança nas leis trabalhistas.
“As declarações do Lula e da Gleisi sobre mudar a legislação trabalhista dão um bom tom para o programa porque colocam na ordem do dia a classe trabalhadora. A ideia do Lula de que ia colocar o povo no orçamento muda agora para colocar a classe trabalhadora no centro do programa de governo dele. E aí vêm algumas prioridades. Primeiro, e emergencial, o combate à fome, miséria, desemprego, carestia. Depois, o crescimento econômico. É vital ter investimento público, retomar o papel do estado para que possa gerar demanda e oferta. Por exemplo, a indústria caiu 20% em 10 anos. E a indústria gera mais e melhores empregos. O BNDES, que foi reduzido a um terço do seu tamanho, é, seguramente, o banco público que pode estimular o investimento. Essas prioridades não podem ser determinadas pela Faria Lima”, ponderou.
Brasil247.
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