O embaixador Ronaldo Costa Filho, que chefia a missão do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU) não citou o nome do presidente russo Vladimir Putin ao pedir “diálogo” entre as nações em reunião de emergência do Conselho de Segurança na noite desta segunda-feira (21) após a Rússia reconhecer e enviar tropas para as regiões separatistas de Donetsk e Lugansk, na Ucrânia.

“Renovamos nosso apelo para que todas as partes envolvidas mantenham o diálogo. Um inescapável primeiro objetivo é um cessar-fogo imediato, com uma desmobilização das tropas e equipamentos militares em solo. Essa desmobilização militar será um passo importante para construir confiança entre as partes, fortalecer a diplomacia e buscar uma solução sustentável para a crise”, disse Costa Filho sem citar o presidente russo.

Na quarta-feira (16), Jair Bolsonaro (PL) se reuniu com Putin no Kremlin e chamou o líder da antiga nação comunista de “amigo”.

“Existe muito interesse de nossa parte ao comércio de fertilizantes, no que sou grato ao prezado amigo”, disse na ocasião.

Após o encontro, Bolsonaro ainda fez uma aceno aos apoiadores radicais, que propagavam uma séria de fake news de que o presidente brasileiro estaria negociando a paz e evitando a “terceira guerra mundial”, sobre a crise entre Rússia e EUA em torno da Ucrânia.

“A leitura que eu tenho do presidente Putin é que ele é uma pessoa que também busca a paz… E qualquer conflito me interessa… Não interessa pra ninguém no mundo… Mantivemos nossa agenda, por coincidência ou não, paz nas tropas… Deixaram a fronteira… E pelo que tudo indica, a grande sinalização… O caminho para solução pacífica se apresenta no momento para Rússia e Ucrânia”, disse.

Reportagem de Plinio Teodoro, da Revista Fórum.

guazelli

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