Uma frase racista irrompeu na Câmara Municipal de São Paulo na tarde desta terça-feira (3) durante uma sessão da CPI dos Aplicativos. O vereador Camilo Cristófaro (PSB), que aparentemente falava no celular, teve sua voz captada pelo sistema de áudio do plenário e fez ecoar, para indignação de todos que estavam presentes na Casa, uma afirmação profundamente preconceituosa.
O presidente da CPI, que encaminhava a sessão, Adilson Amadeu (União Brasil), ainda tentou fazer com que o episódio passasse batido, mas a vereadora Luana Alves (PSOL), que estava sentada ao seu lado, fez protestos veementes e não permitiu que o áudio fosse desligado, conforme orientou Amadeu.
A parlamentar de esquerda informou que abrirá uma representação na Corregedoria do Legislativo municipal para que a conduta de Cristófaro seja apurada, classificando a atitude do colega como “extremamente racista”. Quem também se posicionou sobre o lamentável episódio foi Elaine Mineiro, vereadora que encabeça o Mandato Coletivo Quilombo Periférico do PSOL, afirmando que “tomará as ações necessárias para que a atitude racista do vereador não fique impune”.
Ouça a gravação:
“Não lava nem a calçada, é coisa de preto”, diz o vereador Camilo Cristófaro em sessão da Câmara de SP. O áudio estava aberto e pegou a fala racista do parlamentar. pic.twitter.com/a5XoPsvNjM
— Lucas Jozino (@eujozino) May 3, 2022
Reportagem de Henrique Rodrigues, da Revista Fórum.
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