Michel Temer, o vice da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT), empossado em 2016 após golpe parlamentar, tem sido provocado por políticos e empresários a participar de última hora da campanha eleitoral. E, de acordo com interlocutores, não tem fechado as portas para a ideia.

Um empresário próximo afirmou:

“Nestas conversas, ele mostra que está querendo, que se for chamado pode topar. Mas que não pode ser mais um candidato.”

O mote de sua campanha seria lançar Temer como um candidato a “pacificador do Brasil“, de acordo com um político que trabalha nos bastidores da ideia.

Adiar a convenção

De acordo com o colunista Lauro Jardim, do Globo, desde a última segunda-feira (18), tem crescido a pressão para que Baleia Rossi, presidente do MDB, adie do dia 27 para 5 de agosto a data da convenção nacional do partido.

A ala que apoia o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quer, com o adiamento, impedir a manutenção da candidatura de Simone Tebet, que não decola nas pesquisas. O mesmo serve para o grupo pró-Temer.

Outra dificuldade é o fato de Temer ter deixado a Presidência com 7% de aprovação, de acordo com o Datafolha de dezembro de 2018.

Temer tem grande prestígio entre empresários por conta das reformas feitas em seu governo. A chance da sua candidatura prosperar, no entanto, é mínima, de acordo com um líder partidário que conhece Temer de perto:

“Impossível nada é em política, mas a essa altura da vida o que levaria Temer a se arriscar tanto?”, pergunta.

Reportagem de Julinho Bittencourt, da Revista Fórum.

guazelli

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