Alvo de uma caçada realizada por pelo Batalhão de Operações Especiais (BOPE) da Polícia Militar do Mato Grosso, juntamente com outras forças de segurança, o bolsonarista Edgard Ricardo de Oliveira, principal protagonista da chacina que deixou sete mortos em um bar de sinuca em Sinop, no chamado “nortão” do Estado, pede a presença da imprensa para se entregar de forma “pacífica” ainda nesta quinta-feira (23).
A informação foi dada pelo advogado Marcos Vinicius Borges, que diz fazer a defesa do assassino, em entrevista à página Sinop Urgente no Facebook.
“Ele já encaminhou um áudio aqui para nós. Amanhã (quinta) cedo ele estará se apresentando. Ele informou que está desarmado, que será de maneira pacífica, que não haverá confronto. E o que nós queremos é resguardar a integridade física dele. Nós até queremos que tenha o acompanhamento da mídia. Uma das exigências da defesa é que possamos acompanhá-lo na viatura e no procedimento na Polícia Civil”, disse o advogado.
Edgar de Oliveira é o homem que perdeu as partidas de sinuca e aparece nas imagens das câmeras de segurança do bar indo até a caminhonete e pegando a espingarda calibre 12.
Na sequência, o assassino, que é CAC e apoiadore ferrenho de Jair Bolsonaro (PL), aparece efetuando os disparos à queima roupa e matando as pessoas que estavam no local. Antes de sair, Edgar ainda recolhe, em cima da mesa de sinuca, o dinheiro que perdeu na aposta.
Baleado
Na tarde desta quarta-feira (22), o comparsa de Edgar, Ezequias Souza Ribeiro, de 27 anos, foi baleado pela polícia militar por supostamente reagir a uma abordagem feita por agentes do Bope. O criminoso chegou a ser levado por viaturas a um pronto-socorro, mas não resistiu e morreu.
Um vídeo com imagens fortes circula na internet na última hora mostrando o homem que seria o bolsonarista gravemente atingido por tiros no tórax e no pescoço, no banco do motorista de uma caminhonete e foi compartilhado pelo jornalista local Lucas Bellinello, que confirma ter recebido tais imagens e informações de integrantes da PMMT.
Reportagem de Plinio Teodoro, da Revista Fórum.
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