Estudantes de Curitiba se somaram à mobilização nacional contra o Novo Ensino Médio (NEM), nesta quarta (15). O ato percorreu as ruas do centro da capital, saindo da Praça Santos Andrade atá a Boca Maldita. Pelo menos outras 50 cidades de todo o Brasil também tiveram manifestações pedindo a revogação do NEM, convertido em lei durante o governo Temer (Lei Federal 13.415/2017), que vem sendo implantado gradualmente pelos estados desde 2022.

“A concepção [do NEM] é aquela que afasta os estudantes. É um ensino de decorar e pouco de formulação, de compreeensão da sociedade, de crítica. É muito limitador e coloca para os estudantes pobres, de escola pública, que basta um ensino profissionalizante. O Brasil precisa de uma educação emancipadora, crítica”, avaliou Ana Júlia Ribeiro, deputada estadual (PT) no Paraná, que iniciou sua trajetória política com as ocupações de escolas em 2016.

Os atos desta quarta foram convocados por entidades como a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e a União Nacional dos Estudantes (UNE), com apoio da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE).

Para Sofia, uma das diretoras da União Paranaense dos Estudantes (UPES), o NEM prejudica o futuro dos jovens. “O Novo Ensino Médio está simplesmente fazendo com que os alunos sejam mão de obra barata depois que saiam da escola, não está formando para que a gente consiga entrar em uma universidade”, criticou.

No mesmo sentido, Hugo, também da direção da UPES, apontou que o modelo amplia as desigualdades entre escolas públicas e privadas. “Esse é um modelo de escola antidemocrático, que não prepara o estudante, precariza a educação pública e coloca em posição de desigualdade a escola pública em relação à privada”, disse. 

Reportagem de Brasil de Fato PR.

Foto: Letícia Faria.

guazelli

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