O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou no Plenário que o Conselho de Ética vai analisar as denúncias sobre o comportamento dos parlamentares. “Queria mais uma vez ressaltar que, no dia de hoje, foi eleito o nosso Conselho de Ética e, portanto, pedir a prudência de sempre na atuação de cada parlamentar. Daqui para a frente, teremos o fórum adequado instalado para tratar dos pontos fora da curva desta Casa”, disse Lira.

A declaração de Lira foi feita em um dia marcado pelo embate entre os deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Marcon (PT-RS), ocorrido na manhã desta quarta-feira na Comissão de Trabalho. Após Marcon ter questionado a facada desferida contra o ex-presidente Jair Bolsonaro em 2018, Eduardo Bolsonaro levantou, proferiu xingamentos e ameaçou o petista. O vídeo da discussão circula nas redes sociais.

O deputado Marcon foi à tribuna afirmar que foi ameaçado pelo colega e anunciar que o PT já acionou o Conselho contra Eduardo Bolsonaro. “O que foi feito hoje nesta Comissão tem só uma palavra: não tem controle emocional. O PT vai entrar com uma representação nesta Casa contra esse deputado”, disse. Muitos parlamentares declararam solidarieade a Marcon e cobraram o respeito às regras nos embates políticos.

Eduardo Bolsonaro não se pronunciou sobre o ocorrido em Plenário, mas vários parlamentares saíram em sua defesa. A deputada Bia Kicis (PL-DF) afirmou que ele pode ter se exaltado, mas foi provocado. “Quem fala o que quer ouve o que não quer. Eu acho que ninguém pode esperar de um filho uma reação calma, uma postura serena quando recebe uma agressão”, disse.

Agência Câmara de Notícias.

guazelli

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