Os deputados do Bloco PT-PDT na Assembleia Legislativa (Alep) usaram a tribuna na sessão plenária desta segunda-feira (25) para exigir providências sobre a falsa operação policial conduzida na quinta-feira (21) pelo deputado estadual Tito Barichello (União Brasil). Os parlamentares afirmaram que seguem acompanhando os desdobramentos e que irão adotar todas as medidas cabíveis visando uma investigação completa e a devida responsabilização dos envolvidos.

Lider do Bloco, o deputado Professor Lemos (PT) disse que os parlamentares do PT e do PDT irão solicitar todas as investigações necessárias para que casos como este não se repitam. 

“Ninguém pode extrapolar a legislação. Nós somos legisladores e temos o dever de cumprir com a legislação. Portanto, nós entendemos que houve excesso e que isto não é apropriado. Eu sou professor do estado e estou licenciado do colégio e, nem por isso, eu posso entrar numa sala e lecionar, não posso! Assim como qualquer outro profissional também não pode. Então nós vamos solicitar todas as investigações necessárias e o deputado Tito terá a oportunidade de responder uma a uma”, disse Lemos.

A deputada Ana Júlia (PT) afirmou que o deputado Tito Barichello quebrou o decoro parlamentar e precisa ser punido pela Casa. “Se isso não é quebra de decoro e não é motivo de Corregedoria, o que será dessa Casa?”, afirmou a deputada.

Ana Júlia lembrou que há divisão entre poderes no país e que Tito abriu mão da prerrogativa de delegado ao assumir o cargo de deputado estadual. “Ele fez um juramento nesta Casa e abriu mão da sua função. Ele se colocou como deputado e membro do poder legislativo. Função do Legislativo é legislar, fiscalizar, debater, parlamentar. Assembleia legislativa não é poder executivo. Não é ser delegado, cumprir mandado de prisão, fazer fantasia, teatro, nem ir com carro alegórico na casa das pessoas. Não é andar armado com fuzil no meio da rua, o que foge, inclusive, do seu porte”.

A parlamentar ainda desconstruiu a narrativa apresentada pelo deputado de que se tratava de um caso de flagrante. “Que flagrante é esse que dá tempo de chamar a televisão, entrar ao vivo, mas não dá tempo de chamar a polícia? Que flagrante é esse que não dá tempo de ligar para o delegado responsável, mas que tem hora marcada para entrar no ar, com televisão, com microfone, com entrada ao vivo com o seu assessor com distintivo de policial, quando é licenciado?”. 

O deputado Renato Freitas (PT) destacou que a falsa operação realizada pelo parlamentar não se justifica uma vez que, ao tomar posse como deputado estadual, Tito Barichello “não está policial”.

“Falando do deputado Tito, vale também a reprovação dessa Assembleia.  A sua causa, o seu objetivo, pode ser o mais nobre possível, mas não justifica o senhor fazer vezes de policial porque o senhor não está policial, licenciou-se quando tomou posse como deputado estadual. Você quer o poder das armas e o poder da caneta, da palavra, da política. Não quer abrir mão. Ora, resulta numa “pataquada” como foi essa operação teatro. Sobretudo, usando armas de calibre restrito, com uma 556, fuzil, que é Cac, demonstrando mais uma vez a figura abominável dos Cacs, que se escondem atrás da autorização de tiro ao alvo, mas na primeira oportunidade pegam essas mesmas armas para fazer uso ostensivo, colocando a vida dos civis em risco. Uma “pataquada” que mercê ser punida”.

CONFIRA A NOTA DOS DEPUTADOS E DEPUTADAS DO BLOCO PT-PDT

Os deputados que integram o Bloco PT-PDT na Assembleia Legislativa (Alep) anunciam que seguem acompanhando os desdobramentos relativos à falsa operação policial conduzida na quinta-feira (21) pelo deputado estadual Tito Barichello (União Brasil) e informam que irão adotar todas as medidas cabíveis, em âmbito administrativo e judicial, visando uma investigação completa e a devida responsabilização dos envolvidos.

Curitiba, 25 de março de 2024.

Deputados (as)
Professor Lemos (PT) – Líder do Bloco PT-PDT
Requião Filho (PT) – Líder da Oposição
Ana Júlia (PT)
Arilson Chiorato (PT)
Dr. Antenor (PT)
Goura (PDT)
Luciana Rafagnin (PT)
Renato Freitas (PT)

ASCOM – PT na ALEP.

guazelli

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