O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, aceitou, nesta quarta-feira (22/08), a denúncia contra o ex-deputado federal Cândido Vaccarezza e mais nove pessoas pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção e lavagem de dinheiro.
Com a decisão, todos passam a responder como réus no processo. Confira a lista completa no final da reportagem.
Vaccarezza foi líder do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara e, atualmente, é candidato a deputado a federal pelo PTdoB.
O ex-deputado federal foi preso, em caráter provisório, na deflagração da 44ª fase da Operação Lava Jato, batizada como “Abate”. Porém, foi solto em 22 de agosto de 2017, após Moro fixar fiança de R$ 1,5 milhão, que ainda não foi paga.
O despacho, Sérgio Moro disse que “o investigado tem condições de arcar com a fiança e que não está sendo sincero com o juízo”.
As investigações desse processo tiveram início após depoimentos de delação do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e miram um esquema de corrupção relativo ao fornecimento de asfalto pela empresa Sargeant Marine à Petrobras.
De acordo com a força-tarefa da Lava Jato, houve pagamento de propinas mediante transferências bancárias no exterior, com base em anotações de agendas e arquivos apreendidos em fases anteriores da operação.
Na decisão, Moro ressaltou que as vantagens indevidas totatizam US$ 2.107.085,54 “em troca da contratação da Sargeant Marine como fornecedora de asfalto à Petrobras, em detrimento da participação da empresa Asphaltos Trade”.
Vacarezza, conforme o juiz federal, recebeu US$ 518,5 mil como propina com o auxílio de Paulo Sérgio Vaz de Arruda. Parte desse valor foi apreendida na residência de Vaccarezza.
Fonte: G1
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