Responsável pela ordem de prisão temporária do ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB), atual candidato ao Senado e detido nesta terça-feira (11/09) em meio à campanha eleitoral, o juiz Fernando Fischer justificou que a medida é necessária para “garantir a isenção dos testemunhos colhidos” e evitar a destruição de provas e a intimidação de testemunhas.
“É inegável que entre os investigados há pessoas que gozam de elevado poder político ou econômico”, escreveu Fischer em sua decisão, para quem o grupo “conserva sua influência e poder” mesmo fora do governo.
Os defensores questionaram a necessidade das prisões e acusaram o Ministério Público de “oportunismo” – os fatos investigados ocorreram entre 2012 e 2014.
Richa foi governador do Paraná por dois mandatos, entre 2011 e 2018, e renunciou ao cargo em abril, para ser candidato ao Senado. É filho do ex-governador José Richa (1983-1986), já morto, e casado com Fernanda Bernardi Vieira Richa, que foi sua secretária de Família e é neta de um dos fundadores do banco Bamerindus.
O tucano deixou sua então vice-governadora, Cida Borghetti (PP), no cargo – ela concorre à reeleição e declarou que “cada um responde por seus atos”.
“As pessoas ora investigadas são detentoras de alto poder financeiro e de mando, que nunca, ou quase nunca, tiveram consequências judiciais criminais de seus atos”, escreveram os promotores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), ligado ao Ministério Público Estadual, no pedido de prisão.
Fonte: Gazeta do Povo
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