O candidato a presidente Fernando Haddad (PT) disse, nesta segunda-feira (08/10), que respeita os seus concorrentes na disputa de 1º turno Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede), Geraldo Alckmin (PSDB) e Henrique Meirelles (MDB). O petista disputa o 2º turno com Jair Bolsonaro (PSL).
“O Ciro Gomes está na sua 3ª campanha presidencial, uma pessoa de alta respeitabilidade, Marina Silva também. Mesmo Geraldo Alckmin, que está na sua 2ª campanha presidencial, posso discordar dele, mas nunca deixei de respeita-lo, não falo isso no pós-eleição, falo há muitos anos. Respeito Meirelles que foi presidente do Banco Central.”
A declaração foi dada em Curitiba, depois de visita semanal de Haddad à Superintendência da Polícia Federal onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está preso.
O ex-prefeito de São Paulo afirmou também que o resultado do PT foi bom se considerado o tempo de campanha que ele teve. A sigla havia escolhido Lula como candidato, mas ele foi barrado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com base na Lei da Ficha Limpa. Haddad foi oficializado como substituto de Lula no dia 11 de setembro.
“Com 22 dias de campanha colocamos 1 candidato no 2º turno com quase 30% dos votos válidos. E isso concorrendo com veteranos que eu respeito. Os partidos políticos tradicionais sobraram nesse projeto, eles definharam e nós estamos no 2º turno.”
Guilherme Boulos, que concorreu pelo Psol no 1º turno, declarou apoio a Haddad. O paulistano também busca aliança com o PSB. Os dirigentes nacionais pessebistas se reúnem nesta 3ª (09/10) para definir a posição neste pleito,
“Estou mantendo contato com alguns governadores do PSB, com quem tenho longa relação de amizade, conversei com Paulo Câmara [governador do Pernambuco], vamos falar com Carlos Siqueira, presidente do PSB. Temos toda condição de nos apresentarmos no 2º turno com a força que esse projeto merece.”
Dos seus concorrentes, Haddad fez acenos mais explícitos a Ciro. Ele disse que o pedetista é uma “personalidade importante do Brasil” e afirmou que os programas de governo do PT e do PDT são próximos.
“Vi o programa do Ciro e vi muita convergência de ideias em relação ao que precisa ser feito. Óbvio que o Ciro é uma personalidade importante no Brasil, teria a maior satisfação de sentar com ele, e depois as nossas equipes, para discutir uma formatação adequada para apresentar 1 projeto ainda mais amplo.”
O petista declarou que a economia vai ser o tema principal do 2º turno e criticou as ideias de Bolsonaro:
“O que vai nortear o 2º turno é o modelo econômico, o neoliberalismo que ele [Bolsonaro] propõe e o estado de bem estar social que nós propomos. Em relação aos direitos trabalhista e sociais esse é 1 nucleo importante da nossa divergência. O retorno do neoliberalismo vai agravar a crise”, disse.
Fonte: Poder360
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