O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, e a mulher dele, Ana Stela, ambos professores universitários, destacaram ontem (15) o orgulho da profissão. Para eles, uma das maiores satisfações foi a fixação do piso nacional do magistério. O vídeo com a mensagem dos dois foi postado no Twitter.
“Quando você entra em uma sala de aula, você não pergunta se o aluno é corintiano ou torce pro Bahia, se ele é judeu ou muçulmano, se é preto ou branco. Você apenas se doa. Se doa para que as pessoas aprendam e se desenvolvam. Essa é a missão de vida de um professor”, disse o candidato ao lado da mulher.
Haddad lembrou que a data de 15 de outubro como Dia do Professor tem um resgate histórico, quando em 1827, a educação se tornou obrigatória nas vilas e cidades brasileiras e os professores passaram a ter salário para lecionar.
Prioridade
Mais tarde, Haddad participou de um evento em comemoração ao dia dos professores no Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeosp), na capital paulista, e disse que a educação será prioridade em seu governo, caso seja eleito. Um país não tem futuro sem professores motivados e valorizados”, disse Haddad, que tem defendido mais livros e menos armas em sua campanha, em contraposição aos discursos do candidato Jair Bolsonaro.
“Tive a honra, como ministro do Lula, de recuperar o piso nacional do magistério e estabelecer na Constituição como a única categoria profissional que tem esse reconhecimento. Foi um gesto importante que, no Brasil, 50 % da categoria foi beneficiada por essa lei aprovada por unanimidade no Congresso Nacional. Ter sido parte dessa luta, dessa conquista, como ministro, me honra muito”, disse o candidato.
Haddad também disse que a Reforma do Ensino Médio, do governo de Michel Temer, será revogada caso ganhe a eleição porque ela precariza o currículo escolar. “Em vez de você oferecer mais, você está oferecendo menos para os alunos. Uma coisa é você flexibilizar o currículo do ensino médio, e eu sou a favor de você sentar com a categoria, com os professores, e dar um pouco mais de autonomia para a escola formular seu projeto político pedagógico, seguindo as diretrizes, seguindo a base curricular comum”, disse.
O candidato também criticou proposta de seu adversário Jair Bolsonaro (PSL) na qual propõe aplicar a educação à distância para crianças do ensino fundamental. “É falta de compreensão do processo educativo do ensino fundamental e do ensino médio”, disse, citando questões como importância do ambiente escolar para a socialização das crianças; o acesso à merenda, que muitas vezes representa a principal refeição daquele estudante; e o fato de os pais se ausentarem para trabalhar, o que deixaria a criança estudando sozinha em casa diante de um computador.
* Colaborou Camila Boehm
Agência Brasil.
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