O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) pediu nesta quarta-feira (14/11), em encontro realizado em Brasília, ajuda aos governadores eleitos para conseguir aprovar a reforma da Previdência. Em contrapartida, sinalizou com ajuda financeira aos estados.
“Confio em vocês. Podem confiar em mim e como irmão vamos buscar soluções, vamos dar satisfação para o povo que acreditou em mim e acreditou em cada um dos senhores”, afirmou o presidente eleito. Em frente às câmeras de televisão, celulares e gravadores, Bolsonaro chegou a mencionar o PT, partido que foi seu adversário nas urnas.
“Faremos todo o possível para atendê-los, independente de orientação político-partidária. Não interessa o colega governador do PT, do DEM, do meu PSL”, disse.
O almoço que ocorreu na sequencia contou com 20 governadores e serviu para reforçar os pedidos de apoio. E também o discurso de que o governo federal fará o possível para ajudar financeiramente os estados “que estiverem a seu lado”, contou um participante do encontro.
A reforma da Previdência é considerada a principal agenda de Bolsonaro no Congresso Nacional. Mas trata-se de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC). Isso significa uma tramitação diferenciada na Câmara e no Senado, com necessidade de votação em dois turnos no plenário de cada Casa e aprovação, em cada um, de 3/5 dos deputados (308) e dos senadores (49). Nesse cenário, todos os esforços para aglutinar votos é bem-vindo. Especialmente depois dos recados dados pelo Congresso nas últimas semanas.
Em dois dias, o Senado aprovou um aumento de 16% para os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e para o Ministério Público, e no dia seguinte, o projeto do Rota 2030, pautas que, juntas, impactam em mais de R$ 10 bilhões ao ano nos cofres públicos. Um dos nomes já destacados e que já atua nas articulações, não apenas em prol pra Previdência, para evitar que a atual composição do Congresso aprove novas pautas-bomba que desencadeiem novos gastos para a União, é o governador eleito de São Paulo, João Doria.
A avaliação é de que o nome político da equipe de Bolsonaro, o futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, não tem conseguido conter a revolta dos parlamentares que não conseguiram se reeleger. A renovação da Câmara passa dos 50% e do Senado, dos 80%. Para os bolsonaristas, essa é uma das explicações para as votações em série.
Fonte: Gazeta do Povo
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