Em cumprimento à decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), desta quarta-feira (19/09), que determinou a redistribuição do caso que investiga a relação entre a Odebrecht e Beto Richa (PSDB), o juiz Sergio Moro despachou na manhã desta quinta-feira (20/09), acatando a determinação, mas reiterando que tinha a atribuição de agir no processo. Ele ainda recomendou que os dois presos preventivamente na Operação Piloto, deflagrada no dia 11 de setembro, continuem detidos. São o ex-chefe de gabinete do governo, Deonilson Roldo e o empresário Jorge Atherino, acusados de organizar um esquema para receber recursos da empreiteira para a campanha de Richa em 2014.
Para Moro, o princípio do juiz natural dava a ele a competência para agir no caso. O magistrado alega que se trata de um desdobramento dos repasses suspeitos do Setor de Operações Estruturadas, a chamada planilha da propina da Odebrecht. Ele também relembrou que havia uma discussão sobre a divisão do caso com a Justiça Eleitoral, por suposto caixa 2 de campanha, mas que com o arquivamento do processo pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), teria ficado caracterizada a competência para a Vara Criminal.
Reforçando que caberá ao juiz escolhido para o caso manter ou não as prisões e os demais atos processuais já praticados, Moro considerou “oportuno” reforçar a importância da detenção dos acusados. Ele ainda citou a investigação que veio a público no dia 11 de setembro com a Operação Rádio Patrulha, constatou a “prática serial de crimes de corrupção e de lavagem pelos acusados presos”.
Fonte: Gazeta do Povo
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