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O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse nesta quarta-feira (19) que o Executivo vai encaminhar ao Congresso uma proposta sobre o Programa Mais Médicos que tentará resolver a situação dos profissionais cubanos que ficaram no Brasil. Em novembro último, o governo de Cuba retirou-se da iniciativa após o então presidente eleito Jair Bolsonaro criticar a participação daquele país no programa.

Mandetta criticou o modelo do programa e se solidarizou com os médicos cubanos. “De repente, Cuba falou ‘não quero mais, perdi o interesse no negócio’, e agora temos 1.800 profissionais que viraram vítimas e estão no Brasil em situação de exilados, de refugiados ou pedindo nacionalização”, comentou. “São as sequelas de uma negociação que a gente não deveria ter feito”, completou.

O ministro participou de audiência pública realizada pela Comissão Mista de Orçamento e pelas comissões de Seguridade Social e Família, da Câmara, e de Assuntos Sociais, do Senado. Ele apresentou dados sobre a execução orçamentária da saúde e pediu que, para o próximo ano, os parlamentares tentem reforçar as verbas para os segmentos de média e alta complexidade.

Polêmica
Durante o debate, Mandetta informou que a distribuição de medicamentos de alto custo está regularizada. Segundo ele, no governo passado as compras eram feitas de três em três meses, o que afetava a entrega desses remédios nos estados. O ministro explicava que foi fechado um contrato com 12 meses de duração para assegurar o fornecimento dos produtos quando foi interrompido pelo deputado Hildo Rocha (MDB-MA), que contestou as informações.

O senhor foi deputado, sabe que não pode mentir aqui”, declarou Rocha, reiterando que no Maranhão ainda faltariam medicamentos para tratamento de câncer.

O senhor tem algum problema pessoal comigo, deputado?”, reagiu o ministro.

O presidente da Comissão de Orçamento, senador Marcelo Castro (MDB-PI), interveio para acalmar os ânimos.

A discussão sobre medicamentos de alto custo e de uso contínuo foi decorrência do acordo feito na semana passada que permitiu a aprovação do projeto de crédito suplementar de R$ 248,9 bilhões para cobrir despesas correntes com dinheiro obtido por meio da emissão de títulos (operações de crédito). Para garantir apoio ao texto, o Executivo negociou com parlamentares a liberação de recursos para algumas áreas – esses remédios faziam parte do pacote.

Upas
Mandetta falou ainda sobre a retomada de obras inacabadas de Unidades de Pronto Atendimento (Upas) e defendeu a aprovação de 
proposta que torna lei o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Universidades Estrangeiras (Revalida). O ministro também recomendou aos parlamentares o uso de um aplicativo, produzido pela pasta da Saúde, para acompanhamento das emendas ao Orçamento.

Agência Câmara Notícias.

Imagem: Michel Jesus.

guazelli

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