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Após investigação realizada pelo Ministério Público Federal durante os últimos oito anos, o órgão concluiu que o corpo de Fernando Santa Cruz, pai do presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, e de outros onze desaparecidos foram incinerados na Usina Cambaíba, em Campos dos Goytacazes, norte do Rio de Janeiro.

O processo, concluído no último dia 26, foi divulgado na noite desta quarta-feira (31) e possui cerca de 2 mil páginas além de áudios e vídeos, com cerca de 20 depoimentos. A principal declaração é a confissão do ex-delegado do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) Cláudio Guerra na Comissão Nacional da Verdade e no livro “Memórias de uma Guerra Suja”.

Guerra conta que Santa Cruz e Eduardo Collier, seu amigo, foram levados à Casa da Morte em Petrópolis e, depois de mortos, mandou que seus cadáveres foram incinerados em usina de açúcar. O MPF denuncia Guerra por ocultação e destruição dos corpos.

O Ministério Público também usa o depoimento do ex-sargento do Exército, Marival Chaves Dias do Canto, que confirma que havia uma operação que transladava corpos da Casa da Morte para usinas de Campos dos Goytacazes.

“Segundo o relato confessional de Cláudio Antonio Guerra, em algum momento, movido pela curiosidade, ele abria os sacos para ver os corpos (tendo observado que a um deles faltava o braço direito) e que, posteriormente, ao ver publicação de notícias e fotos dos desaparecidos, foi possível saber a identidade dos corpos que havia levado para ocultação e destruição na usina”, diz o MPF.

Do G1.

guazelli

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