O ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, fez ao jornal Estadão, nesta quinta-feira (26), uma revelação surpreendente: ele cogitou assassinar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, e chegou a ir armado em uma sessão da Corte, em 2017, para cometer o ato. Sua ideia era se suicidar depois.

“Não ia ser ameaça não. Ia ser assassinato mesmo. Ia matar ele (Gilmar) e depois me suicidar”, disparou, sem nenhum pudor, o ex-PGR.

A motivação para o assassinato de Gilmar seria o fato de o ministro do STF ter difundido uma “história mentirosa” sobre a filha de Janot. A atitude teria sido uma retaliação ao fato de que Janot havia pedido a suspeição do ministro.

“Foi logo depois que eu apresentei a sessão (…) de suspeição dele no caso do Eike. Aí ele inventou uma história que a minha filha advogava na parte penal para uma empresa da Lava Jato. Minha filha nunca advogou na área penal… e aí eu saí do sério”, revelou Janot.

O ex-PGR contou, no entanto, que no dia que foi armado à Corte decidido a cometer o ato, a “mão de Deus” o impediu. “Cheguei a entrar no Supremo (com essa intenção). Ele estava na sala, na entrada da sala de sessão. Eu vi, olhei, e aí veio uma ‘mão’ mesmo”, disse.

O relato revelado ao Estadão consta no livro recém-lançado pelo ex-PGR, intitulado Nada menos que tudo (Editora Planeta).

Gilmar Mendes, até a publicação desta nota, não havia se manifestado sobre o caso.

Reportagem: Revista Fórum.

guazelli

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