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O Governo Ratinho Junior, por meio da Secretaria de Educação, quer fechar algumas instituições públicas estaduais centenárias em Curitiba e uma em Colombo. São colégios estaduais predominantes no centro da capital paranaense ou em bairro de classe média. O anúncio que as comunidades escolares serão consultadas antes de serem fechadas é pioneiro, já que outros colégios extintos não passaram pelo mesmo processo.

Chamado de remanejamento pela Secretaria da Educação e do Esporte, o motivo pelo qual essas instituições deverão ser fechadas são custo e demandas da própria comunidade escolar. A diretora do Departamento de Planejamento e Gestão Escolar, Adriana Kampa, explicou que este tipo de procedimento é objeto de estudos e ver o que muda para o ano que vem. Os colégios estaduais que deverão ter mudança são:

Colégio Estadual Nilson Ribas: passaria a receber 622 alunos do Colégio Estadual Dom Orione. Nilson Ribas possui hoje 226 alunos e com a mudança teria seu nome extinto e adotado somente com Dom Orione. Previsão de alunos: 848. Segundo a secretaria, o custo de aluguel de R$ 21.367,79 foi a principal razão para o desejo de mudança. O colégio Nilson Ribas foi criado em 1963 durante o Governo Ney Braga.

Colégio Estadual Conselheiro Zacarias: deverá ser extinto em 2021 e os alunos que se encontram por lá (140 alunos) e seriam absorvidos ao Colégio Estadual do Paraná. O prédio onde se encontra o colégio será cedido pelo Governo do Paraná. O Colégio Zacarias foi construído em 1911 durante o Governo Francisco Xavier da Silva para atender o então ensino primário (hoje chamado de ensino fundamental).

Colégio Estadual Tiradentes: que deverá receber os alunos do CEEBJA Poty Lazarotto, hoje alocado num prédio com o custo de R$ 28 mil reais. De acordo com a secretaria, o Ministério Público solicitou melhorias no local que não conta também com a acessibilidade ao aluno cadeirante. Os estudantes do Colégio Tiradentes deverão ser absorvidos ao Colégio Estadual do Paraná – cerca de 102 estudantes. O Tiradentes é uma das instituições mais antigas de Curitiba, sendo inaugurado durante o Governo Francsico Xavier da Xilva em 1895.

Colégio Estadual Amâncio Moro: que deverá ser extinto em 2021, com a absorvição dos 157 alunos ao Colégio Estadual do Paraná. Segundo a secretaria, o prédio pertence ao município de Curitiba e por isso reduziria os custos ao governo. O Amâncio Moro foi criado em 1958, durante o Governo Moisés Lupion.

Com a absorvição de 3 instituições, o Colégio Estadual do Paraná passaria a ter 3.511 alunos – atualmente possui 3.112 estudantes.

Colégio Estadual Dr. Francisco Azevedo Macedo: que deverá ser extinto em 2021 com a absolvição dos alunos em instituições mais próximas no bairro Capão Raso. O prédio deverá ser ocupado pelo CEEBJA CIC, que está em dualidade com o Azevedo desde 2019. O colégio possui 173 alunos.

CEEBJA Dr. Luiz Losso Filho: será extinto, tendo seus alunos transferidos para o Colégio Estadual Plínio Tourinho em Colombo. A justificativa da mudança se dá por causa do prédio, onde se encontra atualmente, ser do município de Curitiba e não pode estender o horário de funcionamento. O CEEBJA possui 189 alunos.

Outras já fechadas

Como o site Plural já havia apurado no ano passado que o Colégio Tiradentes estava em estudos para para ser extinto. Outras instituições centenárias de Curitiba fecharam ou estão em processo de cessão de aulas:

Colégio Estadual 19 de Dezembro: inaugurada em 1911 e fechada pelo Governo Beto Richa em 2017, os alunos que se encontravam foram absorvidos pelo Colégio Estadual do Paraná. O prédio hoje está sob domínio de Curitiba, com a Escola Municipal Batel.

Colégio Estadual Professor Brandão: inaugurada em 1911 e fechada também em 2017 pelo Governo Beto Richa, atualmente está como escola municipal do mesmo nome.

Colégio Estadual Prieto Martinez: a instituição centenária foi fechada durante o Governo Ratinho Junior em 2018, iniciando-se na gestão anterior. O prédio hoje é ocupado pelo administrativo da Secretaria da Educação e do Esporte.

Colégio Estadual Barão do Rio Branco: instituição centenária, foi fechada em dezembro de 2019. Desde o ano de 2017 a gestão da SEED já queria o fechamento do Colégio Barão, que recebeu pedidos diários de matrícula na isntituição. Segundo os professores em entrevista ao VE no ano passado, chegou a ter 300 nomes na lista de espera. Hoje está sob o domínio do CEEBJA Paulo Freire, que chegou a ter dualidade de administração com o Barão. Os poucos alunos que restaram foram transferidos em instituições próximas.

Colégio Estadual Bom Pastor: já não recebe alunos há um bom tempo e segue inativo segundo o site Consulta Escola.

O que a APP Sindicato diz

A direção estadual da APP-Sindicato, entidade que representa os profissionais da educação no Paraná, apontou que o fechamento destas escolas interferem na gestão democrática da educação pública e destaca que todo fim de ano, o governo apresenta a mesma proposta.

A APP-Sindicato ressaltou, em nota, que tomará medidas para evitar o fechamento de escolas e resistir ao sucateamento da educação, que se acentuou no governo Ratinho Junior e salienta que a gestão não pode tratar a educação como custo adicional.

Reportagem: Pedro Lima.

guazelli

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