Ajude a manter o Portal Verdade&Expressão no ar, doe agora!
O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) apresentou, neste domingo (6), uma requerimento para que a Comissão de Legislação Participativa da Câmara realize uma audiência pública para debater os impactos da realização da Copa América no Brasil em meio ao descontrole da pandemia do coronavírus.
A decisão de fazer a Copa América no Brasil foi acertada em reunião entre representantes da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e o ministro da Casa Civil do governo Jair Bolsonaro, general Luiz Eduardo Ramos. Após o cancelamento do campeonato na Colômbia, em razão dos protestos políticos no país, e na Argentina, devido à restrições sanitárias, Bolsonaro pediu prioridade ao ministro para trazer o campeonato ao país.
A realização do torneio de futebol tem gerado inúmeras críticas de especialistas, políticos e torcedores, e descontentamento por parte, inclusive, de jogadores de da comissão técnica da seleção brasileira.
“A realização de eventos esportivos internacionais no Brasil, como a Copa América de futebol, em plena crise sanitária de Covid-19, causa imensa preocupação na população brasileira. São quase 500 mil mortes causadas pela pandemia no país e o ritmo de vacinação não garantirá a devida imunidade para o país sediar evento desta magnitude. Nesse sentido, solicito através deste requerimento, audiência pública para debater os possíveis impactos da realização da Copa América, tendo em vista a iminência de uma terceira onda de Covid-19 no Brasil”, afirma Rogério Correia na justificativa de seu requerimento.
A ideia do parlamentar é que sejam convocados na audiência pública o ministro da Cidadania, João Roma, representante da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), representante da Conmebol, além de representantes da Associação de Médicos pela Democracia.
“Copa América no Brasil com risco de terceira onda é jogar lenha na pandemia e portanto atitude genocida: corre-se o risco de matar”, pontua Correia.
Reportagem de Ivan Longo, da Revista Fórum.
Comentar