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Acusado de abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação, o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) será julgado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná a partir de hoje (1) e pode ter o seu mandato cassado. A importância do julgamento, aliada a problemas de infraestrutura que afetam a capital paranaense, fizeram o TRE-PR tomar algumas precauções para que o julgamento não seja interrompido.

Umas dessas preocupações tem a ver com quedas de eletricidade, uma situação que tem sido verificada com certa frequência na capital paranaense. A última vez que a rede elétrica passou por oscilações e partes da cidade ficaram no escuro foi 10 dias atrás.

Para remediar uma eventual queda de energia, o TRE-PR providenciou geradores. Os equipamentos estarão de prontidão e serão acionados ao primeiro sinal de oscilação da rede elétrica.

Outra preocupação é relativa à qualidade do sinal de internet do tribunal. A razão disso se dá pelo fato de que o julgamento será transmitido ao vivo no YouTube pelo canal do TRE-PR e deve ser assistido tanto pelos seus apoiadores lavajatistas, que não são poucos, como por setores da esquerda que aguardam um revés do ex-juiz.

Os magistrados ainda se preocupam com a segurança do tribunal. Uma matéria do jornal O Globo publicada nesta sexta-feira (29) diz que é esperado um “clima ameno” para as sessões. No entanto, em se tratando de uma figura política de alcance nacional, todo cuidado é pouco. Para se precaver, o tribunal solicitou reforço tanto de agentes de segurança, como de equipes logísticas.

O investigado não comparecerá físicamente às sessões. Pelo contrário, será representado pelos seus advogados conforme é prática comum na Justiça Eleitoral.

Sergio Moro se lançou para a vida pública como o juiz responsável pelos processos oriundos da Operação Lava Jato, do Ministério Público Federal de Curitiba. Após colocar Lula na prisão em 2018 e abrir o caminho para a eleição de Bolsonaro, foi nomeado ministro da Justiça pelo presidente de extrema direita. Acabou demitido após discordar do mandatário a respeito de quem seria o nomeado para a superintendência da Polícia Federal do Rio de Janeiro, e, depois disso, viu toda a trama da Lava Jato cair por terra. Elegeu-se senador pelo Paraná em 2022 e agora está prestes a ter sua ‘morte política’ decretada.

Ele foi denunciado por abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação em duas ações, movidas por adversários políticos. Uma delas é do PL de Bolsonaro. A outra da Federação Brasil da Esperança, que reuniu PT, PV e PCdoB nas últimas eleições.

Reportagem de Raphael Sanz, da Revista Fórum.

guazelli

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