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Os servidores públicos de Almirante Tamandaré estão em greve desde terça-feira (16) após aprovação de estado de greve em assembleia. De acordo com a CUT-PT, a categoria entrou em greve em virtude da falta de avanços nas tentativas de negociação com o prefeito da cidade, Gerson Colodel.

De acordo com a presidenta do Sinprosmat, Claudia de Fátima de Lima Duarte, a categoria acumula perdas históricas que passam dos 8%. A prefeitura, por sua vez, alega não ter margem para ampliar os reajustes. “Mas isso é desmentido por um estudo realizado pelo Dieese a nosso pedido. Há, sim, como conceder os reajustes demandados pelo sindicato sem prejuízo ao limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal”, explica.

A proposta do poder público municipal foi de 3,13% linear para todos os Servidores. Ainda com o agravante de não receber a comissão formada por servidores para estabelecer um processo de negociação. De acordo com Cláudia, além do Pagamento da Elevação para todas as categorias de servidores, a categoria ainda tem como pontos de pauta o cumprimento do Piso Salarial Nacional dos Professores, melhorias nas condições de trabalho, vale alimentação e plano de saúde e odontológico.

No caso do Piso Nacional para a educação a diferença salarial é considerável. Enquanto a lei estabelece R$ 4.580 no município a categoria recebe entre R$ 3.600 e R$ 3.800, o que representa mais de R$ 10 mil ao longo de um ano. Desde 2017 a legislação nacional não é aplicada no município. “O piso Salarial Nacional dos Professores, é Lei e a Prefeitura deve priorizar e cumprir com a Lei e pagar os direitos da Categoria”, cobrou a presidenta do Sinprosmatt.

A paralisação dos serviços acontecerá mantendo o mínimo de 30% nos locais de trabalho com atividades consideradas essenciais, como no caso da saúde e deve ocorrer após 48 horas da comunicação do movimento.

Nota da Prefeitura

A partir do momento em que se iniciou a greve, professores e servidores foram até a sede municipal realizar um ato pacífico. Apesar disso, há relatos nas redes sociais de desconto em salário para quem não comparecer ao posto do trabalho.

Em nota publicada nas redes sociais, e não no próprio site da Prefeitura que segue desatualizado, o município afirma que as elevações de nível e progressões estão em dia. Vale ressaltar que no Facebook da Prefeitura, onde se encontra a nota abaixo, teve os comentários limitados.

Confira abaixo:

A Prefeitura Municipal de Almirante Tamandaré, esclarece que todas as elevações de nível e progressões estão em dia, inclusive o reajuste inflacionário para o ano de 2024.

Conceder o reajuste pedido pelos professores e servidores, mais plano de saúde e vale alimentação, provocaria um efeito cascata insustentável na folha de pagamento, inclusive o atual orçamento está sendo executado, não há como alterá-lo para incluir este e outros pedidos.

Por mais merecedores que os professores e servidores sejam, a questão é meramente financeira. Os cofres da prefeitura não conseguiriam suportar um incremento tão significativo nos gastos com as categoria profissionais.

Diante de versões equivocadas que estão sendo divulgadas, cabe destacar que as escolas não foram afetadas porque a manifestação é permitida desde que 30% do quadro efetivo fique atendendo os educandos.

Almirante Tamandaré investe 25,7% do orçamento na educação, embora a Constituição Federal defina 25%. Temos convicção de que a educação é investimento direto no futuro da nossa cidade. Mas não podemos abrir mão da responsabilidade com as contas públicas.

CUT-PR.

Edição: Pedro Lima.

guazelli

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