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Professores(as) e funcionários(as) de escolas da rede estadual do Paraná realizam uma forte mobilização em todo estado, nesta segunda-feira (29). Os protestos fazem memória ao Massacre do Centro Cívico, ocorrido em 29 de abril de 2015, e denunciam as violências que o Estado continua promovendo contra a categoria.

Em Curitiba, educadores(as) da capital e  região metropolitana concentraram-se no período da manhã em frente ao prédio da Secretaria da Educação (Seed). Durante o protesto, uma comissão se reuniu com diretores(as) da pasta para cobrar o atendimento da pauta. Na mobilização, que contou com a presença de autoridades do Congresso Nacional e da Assembleia Legislativa, a presidenta da APP-Sindicato, Walkiria Mazeto, pontuou as principais reivindicações.

“Todos os anos marcamos a memória deste dia para que a violência ocorrida em 2015 não se repita. Neste ano de 2024, estamos iniciando o 29 de abril em frente à Seed porque entendemos que algumas práticas e algumas metodologias utilizadas pela secretaria estão sendo violentas com as escolas e com os(as) trabalhadores(as) da educação”, explicou.

No interior do estado, a manifestação repetiu-se em frente às sedes dos Núcleos Regionais de Educação (NRE). Nas escolas, os(as) educadores(as) fixaram faixas, cartazes, entregaram uma carta à comunidade e promoveram mais uma edição do protesto “Plataforma Zero”, uma paralisação no uso de aplicativos educacionais que o governo determina o uso obrigatório.

“Exigimos o fim da obrigatoriedade do uso das plataformas. Nós queremos abrir junto com a Seed um período de avaliação da efetividade e do uso das plataformas educacionais, que têm sido impostas. Trazemos a pauta dos funcionários e funcionárias, para que possamos ter a revisão da tabela, mas também o fim da terceirização e o retorno de concurso público. Estamos na luta pelos aposentados e aposentadas. Nós queremos que aqueles 14% da contribuição previdenciária só sejam cobrados dos valores que ultrapassarem o teto do INSS”, disse Walkiria.

Para a secretária educacional da APP, Vanda do Pilar Santana, neste ano a data ganha um significado diferenciado e muito importante para toda a sociedade, com a luta em defesa de uma escola pública e de serviços públicos de qualidade, especialmente para a população que mais depende do poder público. Em sua fala, a dirigente evidenciou a ameaça do projeto privatista do governo Ratinho Junior.

“O centro da nossa luta aqui na Secretaria de Estado de Educação é, mais uma vez, nos posicionarmos fortemente contra o avanço da privatização nas escolas públicas do estado do Paraná. O Estado está abrindo mão da gestão das escolas públicas, terceirizando isso para o setor privado, que só tem por objetivo o lucro. Esse não é o papel do Estado, não é a educação que nós queremos, que nós defendemos”, disse.

Vanda faz referência ao projeto de lei apresentado recentemente pelo governador Ratinho Jr., que  amplia o programa Parceiros da Escola. “Na prática, isso significa a transferência, a venda das escolas públicas para empresas privadas. São empresas que não têm nenhuma relação com a educação pública como um direito. Pelo contrário, querem tratar a educação com uma mercadoria”, explica.

“Pauta não falta. Nossa luta neste 29 de abril é contra este tipo de violência que se repete a cada ano. Queremos de volta o direito de ir com satisfação preparar as nossas aulas, de não adoecer pelo nosso trabalho, que possamos conseguir ministrar as nossas aulas, fazer o trabalho do dia a dia da escola, que os nossos aposentados que já contribuíram uma vida inteira pela educação possam agora ter uma aposentadoria digna”, completa Walkiria.

ASCOM – APP Sindicato.

guazelli

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