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No dia em que o “Massacre do Centro Cívico” completa nove anos, parlamentares petistas usaram a tribuna na sessão plenária desta tarde (29) para rememorar o episódio que deixou mais de 200 pessoas feridas no Centro Cívico de Curitiba. Líder do Bloco PT-PDT, o deputado Professor Lemos (PT) disse que o ataque aos servidores que protestavam contra a retirada de direitos foi um ato de covardia e que, além das cicatrizes físicas, o episódio “deixou também uma cicatriz que não se cura na alma de todos nós”. 

“Quero saudar os educadores e educadoras que aqui comparecem rememorando o dia 29 de abril de 2015, um dia muito triste na história do Paraná e que deixou muitas cicatrizes nas centenas de pessoas feridas e hospitalizadas. Porém, os ataques contra aqueles que lutavam por seus direitos deixaram também cicatrizes que não se curam na alma de todos nós. Estamos rememorando o 29 de abril para que nunca mais se repita. Foi um ato de covardia do governo à época”, lembrou.

Foto: Alep

Da tribuna, Lemos manifestou apoio à carta de reivindicações entregue aos parlamentares por representantes da APP-Sindicato e disse que o governo estadual precisa fazer justiça com o funcionalismo no Estado. “Hoje é um dia de luto e de luta. Todo nosso apoio aos servidores e servidoras que aqui nos entregaram uma carta com as reivindicações da categoria. Essa pauta é justíssima. Ela cabe no orçamento do Estado, cabe na receita arrecadada. Tem margem fiscal, margem financeira. Então, é uma decisão política”, argumentou.

A deputada estadual Luciana Rafagnin (PT) lembrou que há 9 anos o Centro Cívico se transformou numa praça de guerra, onde a Polícia Militar, a mando do então governador, atacou de maneira covarde dezenas de milhares de professores e funcionários da Educação.

“Hoje é um dia de luto e de luta. Para garantir a aprovação de um projeto que confiscava a aposentadoria, uma brutalidade sem precedentes foi usada contra os servidores”, lembrou.

Luciana também citou o desmonte da Educação promovido pelo governador Ratinho Junior. “Também vemos hoje o desrespeito contra a Educação, contra a data base, a perseguição a professores, o fechamento de escolas e a terceirização do ensino”, disse.

Foto: Alep

“Plataforma Zero”

O dia de hoje também foi marcado por mobilizações no interior do estado. Nas escolas, os educadores fixaram faixas, cartazes, entregaram uma carta à comunidade e promoveram mais uma edição do protesto “Plataforma Zero”, uma paralisação no uso de aplicativos educacionais que o governo determina o uso obrigatório. No plenário da Alep, o deputado Professor Lemos protestou contra o uso da plataforma.

“Ninguém aqui, nenhum educador é contra o uso de tecnologias em sala de aula. Mas não se pode usar a tecnologia para adoecer professores e professoras, como está acontecendo. Essa plataformização não está contribuindo para melhorar a aprendizagem, pelo contrário, está atrapalhando. A tecnologia está sendo usada para vigiar e punir. Isso está errado e não contribuiu para a qualidade do nosso ensino”, reforçou Lemos.

Mobilização

Em Curitiba, educadores da capital e região metropolitana concentraram-se no período da manhã em frente ao prédio da Secretaria da Educação (Seed). Durante o protesto, uma comissão se reuniu com diretores da pasta para cobrar o atendimento da pauta. A mobilização contou com a presença do deputado Professor Lemos e da deputada Ana Júlia, ambos do PT.

De acordo com a deputada, a violência contra a educação permanece no governo de Ratinho Jr. através de ações que sucateiam o sistema, desvalorizam a categoria e adoecem os professores e funcionários de escolas. 

“As balas e bombas de hoje estão em ações praticadas pelo governo de Ratinho Jr., como o fechamento do ensino noturno, a militarização de escolas e a constante perseguição aos professores e funcionários de escolas, que estão sendo penalizados por ficarem doentes”, afirma a deputada. “A violência não acabou naquele dia e continua até hoje, avançando por meio de políticas de desmonte da educação que prejudicam os nossos alunos e adoecem os nossos professores e funcionários”, pontuou.

“As cicatrizes dessa violência permanecem. Há muito pelo que lutar e relembrar a história traz o contexto e forças necessárias para seguirmos em frente na defesa de educação pública de qualidade e emancipadora. Não seremos intimidadas”, finalizou.

Foto: Assessoria

ASCOM – Oposição na ALEP.

guazelli

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