Com a crise econômica brasileira e a falência de várias unidades da federação nos últimos anos, a gestão do governador Beto Richa (PSDB) tem uma situação fiscal mais favorável, que permite manter as contas em dia e até realizar investimentos. Além do ajuste nas contas, com aumento de impostos e retirada de benefícios de servidores, o que tem ajudado as finanças são os resultados da Copel e da Sanepar, as quais não tem interesse algum em se desfazer, apesar do acordo recente para privatizar empresas públicas assinado com o BNDES ter provocado essa impressão.
O governo tem várias vantagens ao manter essas duas companhias nas suas mãos. Elas têm gerado dividendos crescentes aos acionistas; geram também dividendos políticos, na medida em que são usadas como um “braço” do governo para fazer investimentos – só possíveis graças à cobrança de tarifas que subiram mais do que a inflação nos últimos anos; e geram também receita bilionária extra, a partir de venda de ações ou outras operações na bolsa.
Essas operações, na prática, resultam na venda de parte das companhias, sem que o estado perca o controle acionário. Ou seja: não há necessidade de uma privatização completa para o estado arrecadar dinheiro.

guazelli

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